Aos perdidos no deserto.

Olá prezado navegante, o que o fez cair aqui neste ambiente árido e sem vida (quase nenhuma)? Este lugar não é pra você. Não estou querendo expulsá-lo, porém! Fique à vontade.

Deixe-me contar - já que está por aqui - o motivo da criação deste ponto no meio do nada de um mar de IPs e máscaras de sub-rede. Mas antes, acho que posso mencionar que este blog já teve alguns nomes: fl4v10, tremdeler, poráguabaixo e outros de que eu não me lembro. Porém acho o atual nome mais adequado já que não possuo seguidores e apenas eventualmente recebo a visita de algum incauto redirecionado por motivo que foge a minha compreensão. Entrou em uma trilha e se perdeu?

Volto à razão da criação do blog, se o senhor ou senhora ainda estiver aí, que reverbera vazios verbos - e artigos, e adjetivos, etc - ao vento arenoso dos bytes. Certamente, se o ilustre visitante escreve e se goza de relativa autocrítica e cuja vaidade não interfere excessiva, deve já ter jogado fora alguns de seus escritos. O problema disto é que se perde alguma coisa boa dentre as tantas coisas ruins. Perde-se também um pouco da própria história literária (ainda que questionável ou incipiente). Como vamos perceber que evoluímos se separamos só um pequeno texto que ficou bom? Neste sentido criei um depósito de meus escritos. Confesso que a intenção era também me forçar a escrever já que poderia - algo que não se concretizou - ter eco em algum leitor que seguisse este espaço.

Assim, sem mais, o espaço existe. E existe só para mim (na maioria do tempo). Caso queira sinalizar na areia um traço de presença humana, fique a vontade para deixar um recado após o sinal!! E obrigado pela visita!

BEEP.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O anjo e a foice

O anjo e a foice

Pele suave em pétala alva
em teu veludo te sentir
luzes me brindem com tua forma
és o meu anjo um querubim.
Olhos que sorvem cada imagem
toques que sentem cada lugar
em meu mergulho febril viagem
alma do anjo à se turvar

Torpor divino êxtase puro
canção que rompe o que é real
os gritos que ecoam sobre os meus ombros
são melodias do ritual.
No corpo o delírio de cada sentido
torna a lembrança imortal
são fortes espasmos fluindo em rios
de uma sensação surreal

Enxadas e pedras flagelam teu corpo
o gume da foice irá te julgar
ceifando-te a vida jorrando teu sangue
aos pés dos juízes irá se curvar

2 comentários:

  1. Estou até com vergonha de continuar publicando meus contos...Parabéns, você escreve muuuuito bem!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado, mas não pare de escrever, você escreve muito bem.

      Excluir