Alguns passos após passar por um homem que regava cambaleante uma árvore com o líquido quente impregnado de álcool enquanto olhava para o céu na escuridão da rua mal iluminada, encontrou as luzes amareladas que vinham do chão e explodiam sobre o prédio da prefeitura da cidade. Notou de relance algo de estranho que não pode identificar imediatamente e subitamente olhou para as mãos, foi só então que percebeu que elas estavam encharcadas de sangue, assim como sua camisa marrom que por sorte era de um tom bem escuro e não realçava as manchas. Pensou em lavá-las no chafariz da praça, mais logo mudou de ideia, se alguém o visse chamaria muita atenção. Ao invés disto caminhou calmamente até o bar mais próximo, pediu para usar o banheiro e lavou as mãos sem maiores problemas. Notou ao enxugar as mãos que em seu bolso havia uma carteira e viu em seus documentos um rosto que não conhecia, mas por coincidência era o mesmo que o assustava ao espelho. Havia dinheiro e estava muito cansado, decidiu ir a um hotel ainda preocupado com a forma como teria sujado suas mãos de sangue.
Aos perdidos no deserto.
Olá prezado navegante, o que o fez cair aqui neste ambiente árido e sem vida (quase nenhuma)? Este lugar não é pra você. Não estou querendo expulsá-lo, porém! Fique à vontade.
Deixe-me contar - já que está por aqui - o motivo da criação deste ponto no meio do nada de um mar de IPs e máscaras de sub-rede. Mas antes, acho que posso mencionar que este blog já teve alguns nomes: fl4v10, tremdeler, poráguabaixo e outros de que eu não me lembro. Porém acho o atual nome mais adequado já que não possuo seguidores e apenas eventualmente recebo a visita de algum incauto redirecionado por motivo que foge a minha compreensão. Entrou em uma trilha e se perdeu?
Volto à razão da criação do blog, se o senhor ou senhora ainda estiver aí, que reverbera vazios verbos - e artigos, e adjetivos, etc - ao vento arenoso dos bytes. Certamente, se o ilustre visitante escreve e se goza de relativa autocrítica e cuja vaidade não interfere excessiva, deve já ter jogado fora alguns de seus escritos. O problema disto é que se perde alguma coisa boa dentre as tantas coisas ruins. Perde-se também um pouco da própria história literária (ainda que questionável ou incipiente). Como vamos perceber que evoluímos se separamos só um pequeno texto que ficou bom? Neste sentido criei um depósito de meus escritos. Confesso que a intenção era também me forçar a escrever já que poderia - algo que não se concretizou - ter eco em algum leitor que seguisse este espaço.
Assim, sem mais, o espaço existe. E existe só para mim (na maioria do tempo). Caso queira sinalizar na areia um traço de presença humana, fique a vontade para deixar um recado após o sinal!! E obrigado pela visita!
BEEP.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Furo no Futuro - Parte II
Alguns passos após passar por um homem que regava cambaleante uma árvore com o líquido quente impregnado de álcool enquanto olhava para o céu na escuridão da rua mal iluminada, encontrou as luzes amareladas que vinham do chão e explodiam sobre o prédio da prefeitura da cidade. Notou de relance algo de estranho que não pode identificar imediatamente e subitamente olhou para as mãos, foi só então que percebeu que elas estavam encharcadas de sangue, assim como sua camisa marrom que por sorte era de um tom bem escuro e não realçava as manchas. Pensou em lavá-las no chafariz da praça, mais logo mudou de ideia, se alguém o visse chamaria muita atenção. Ao invés disto caminhou calmamente até o bar mais próximo, pediu para usar o banheiro e lavou as mãos sem maiores problemas. Notou ao enxugar as mãos que em seu bolso havia uma carteira e viu em seus documentos um rosto que não conhecia, mas por coincidência era o mesmo que o assustava ao espelho. Havia dinheiro e estava muito cansado, decidiu ir a um hotel ainda preocupado com a forma como teria sujado suas mãos de sangue.
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