Aos perdidos no deserto.

Olá prezado navegante, o que o fez cair aqui neste ambiente árido e sem vida (quase nenhuma)? Este lugar não é pra você. Não estou querendo expulsá-lo, porém! Fique à vontade.

Deixe-me contar - já que está por aqui - o motivo da criação deste ponto no meio do nada de um mar de IPs e máscaras de sub-rede. Mas antes, acho que posso mencionar que este blog já teve alguns nomes: fl4v10, tremdeler, poráguabaixo e outros de que eu não me lembro. Porém acho o atual nome mais adequado já que não possuo seguidores e apenas eventualmente recebo a visita de algum incauto redirecionado por motivo que foge a minha compreensão. Entrou em uma trilha e se perdeu?

Volto à razão da criação do blog, se o senhor ou senhora ainda estiver aí, que reverbera vazios verbos - e artigos, e adjetivos, etc - ao vento arenoso dos bytes. Certamente, se o ilustre visitante escreve e se goza de relativa autocrítica e cuja vaidade não interfere excessiva, deve já ter jogado fora alguns de seus escritos. O problema disto é que se perde alguma coisa boa dentre as tantas coisas ruins. Perde-se também um pouco da própria história literária (ainda que questionável ou incipiente). Como vamos perceber que evoluímos se separamos só um pequeno texto que ficou bom? Neste sentido criei um depósito de meus escritos. Confesso que a intenção era também me forçar a escrever já que poderia - algo que não se concretizou - ter eco em algum leitor que seguisse este espaço.

Assim, sem mais, o espaço existe. E existe só para mim (na maioria do tempo). Caso queira sinalizar na areia um traço de presença humana, fique a vontade para deixar um recado após o sinal!! E obrigado pela visita!

BEEP.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O feijão mágico

Sangrarei
Não me importo se até a morte
hoje sou dor e tristeza
mais nada

Que prazer imergir na escuridão da alma
gozar da sensação fria e calma
da quase inexistência e da dor

Quero ser
meu sentimento de apatia e nostalgia
na própria lúgubre cova que, um dia
com os famintos vermes á deglutir minha carne fria
jazerá meu corpo pálido e sem vida

A tudo quero hoje
antes de o amanhã irromper
e empurrar opressor n’outro sentido
todo o furor melancólico no meu peito irrestrito
emergindo-me e cicatrizando as feridas,
arrancando-me da cova escura que me acolhia
e queimando meus olhos com a agressiva luz do dia

Então, seguirei sem remorso nem arrependimento.
sabendo que suturei todas as feridas que me dilaceravam por dentro.
Mas por hora me deixe aqui,
no masoquista refugio dos meus pensamentos.

2 comentários:

  1. Meus parabéns, você escreve muito bem! Adorei o poema, será que um dia chego nesse patamar?

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    1. Obrigado...fico feliz que tenha gostado. Também gostei do que vi no seu blog apesar de termos estilos ligeiramente diferentes. Grande abrço!! ;)

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